«Ele fora condenado na 1.ª instância, em 1987, em 15 anos de prisão pelo crime de terrorismo, com agravamento pelo Tribunal da Relação e do Supremo Tribunal de Justiça – 17 anos. Por proposta de Mário Soares antes de sair da Presidência da República, a Assembleia Legislativa aprovaria uma amnistia com os votos contra do CDS e PSD, onde se encontrava José Pacheco Pereira que, nos debates afirmou que Otelo não merecia ser amnistiado. Tal posição era baseada no facto dele, numa entrevista ao Expresso, ter afirmado que a morte de uma criança pelos terroristas das FP25 tinha sido um erro técnico. E acrescentava: “Este cinismo não pode ser amnistiado”. Continuavam por julgar os crimes de sangue que, segundo se constou, os deputados da maçonaria não consideravam poder ser amnistiados. Assim, de 2001 a 2003 decorreu a saga dos recursos, que acabaria com o desleixo de um magistrado do Ministério Público, que deixou expirar o prazo para se poder recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça. Tal conjuntura resultaria de uma decisão do Tribunal Constitucional, que, segundo o Juiz Adelino Salvado, “irá também acontecer no caso da Casa Pia e vai levar ao aniquilamento do sistema” (António José Vilela/2004).»
Coronel Manuel Amaro Bernardo,Guerra, Descolonização e tentativa de branqueamento da História , 30-4-2008
08/12/2009
Dos Crimes de Otelo à Casa Pia como Origem da Queda do Regime
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