Dez anos depois, A Cartilha está de volta.

14/05/2008

Conclusões Sobre a Crise Alimentar


A sequência destes 3 textos (I, II, III) publicados sobre a Crise Alimentar finda por aqui. Rigorosamente, nenhum dos 3 autores detêm a Razão sobre o problema, na minha opinão. Mas todos detêm parte da Razão. Essa flutua algures entre as 3 ideias, interagindo e bebendo de todas.

A liberalização do mercado a Oriente provoca uma procura mais agressiva, à qual o mercado se deve adaptar aumentando a oferta.

As vantagens de um mercado deste tipo são inquestionáveis, mesmo que a doutrina ideológica idolatrada diga o contrário. Essa deve ser esquecida, pois o indívido corre o perigo de não ver com a clareza necessária, os factos e os dados que emergem no palco.

O deslumbramento de um negócio lucrativo, atrai capitais de investimento, cegos e quase sempre jogados em mãos alheias, que detêm um simples propósito - criar dividendos. Torna-se então, imprescendível proteger as vítimas, que serão sempre em primeiro lugar os mais fracos e indefesos, das consequências da especulação. Este actor, o mercado não regula; devem ser os Homens a normatizar e a injectar moral no selvagem meio que é o mercado-livre.

Um mercado global é um mercado impessoal, insensível e desumano, que está a anos-luz das estruturas basilares, como o indívido, a família, a comunidade e a nação. Torna-se fundamental apostar nas estruturas intermediárias para evitar que os dois extremos se tornem demasiado distantes. Aqui entram os Estados, e as Organizações Políticas Regionais (UE, UA). É a estes que compete subsidiar quando necessário (proteger uma economia quando esta é fraca, libertá-la quando esta é forte) e dar condições para que nenhum país ou região se torne completamente dependente do exterior. Seja através do apoio a lafidundiários (cultura intensiva), seja através do apoio a pequenas e médias exploração (mais indicadas para culturas biológicas e produtos de alta qualidade), seja através de Cooperativas.

Liberalizar quando possível, Regular quando necessário, Proteger sempre a Nação.

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