Falava hoje com um amigo de esquerda, um simpático socialista utópico, sobre a situação no malfadado Haiti, antigo protectorado francês colonizado por escravos de origem subsahariana e agora o mais pobre país das Américas.
Dizia-me ele, era necessário que «um país tomasse a liderança», enviando «forças de segurança e organizando as ajudas». Lembrei-o de que a super federação dos Estados Unidos da América já tinha tomado a iniciativa de liderar as ajudas e de enviar soldados.[1]
Como tivesse dito um insulto, a mais alta das indignações tomou conta deste meu colega. «Os Estados Unidos querem controlar o Haiti», «as ajudas são uma forma de eliminar os excedentes da produção», dizia ele perante um sorriso meu. Preso por ter cão, preso por não ter, não é nada fácil ser ianque.
[1] As ajudas consistem em 100 milhões de dólares, 10 mil soldados (incluindo uma unidade expedicionária dos marines e elementos da 82ª Divisão Aerotransportada), helicóptros, lanchas da guarda Costeira, o porta-aviões USS Carl Vinson e um hospital-barco da Marinha, o Confort.
19/01/2010
Anti-Americanismo Primário
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