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13/02/2008

Superioridade Ideológica da Direita (sobre a esquerda)

Direita ou Esquerda? Embora não me agrade esta classificação, demasiado simplista e minimal, é a que com mais frequência se encontra.

Qual destas duas correntes políticas, geradas pela revolução francesa é superior?

A que vai da extrema esquerda de inspiração comunista, ao socialismo e à social-democracia de centro-esquerda. Ou a da democracia cristã de centro-direita, democracia liberal de direita, e da extrema-direita, capitalista, conservadora e moralista.

Como Nacionalista que sou, ignoro quais queres outros rótulos ou ideologias, podendo contudo adoptar uma qualquer ideia, venha ela de onde vier, desde que seja uma mais valia para o meu país e não meta em causa o valor da Pátria. Isto permite-me ter um distanciamento para julgar a superioridade ideológica da Direita ou da Esquerda; vejamos alguns aspectos:

A Utopia ideológica da Esquerda Versus os grupos de pressão da Direita

O progressismo decadente e o liberalismo moral da Esquerda Versus o tradicionalismo e o conservadorismo

A tendência para o igualitarismo da Esquerda Versus Homem-livre da Direita

A justiça social artificial da Esquerda, sempre a favorecer os pobres, os oportunistas e as minorias Versus a justiça social da Direita que recompensa o empreendorismo, quem cumpre as regras da sociedade e quem trabalha

O Laicismo cego e o Jacobino violentos da Esquerda Versus a religião de valores e moral na Direita

O multiculturalismo da Esquerda Versus a identidade da Direita

em todos estes casos a Direita mostra-se superior à esquerda. O Homem de Direita é justo, prudente, conservador, homem de bons princípios e patriota, enquanto o Homem de esquerda é intolerante, violento, demagógico, utópico, irredutível e decadente.

É por a Direita ser superior à esquerda, que muita gente (incluindo eu próprio) se desloca da esquerda para a Direita, enquanto que da Direita, ninguém se desloca para a esquerda.

6 comentários:

Anónimo disse...

Peço desculpa, mas oportunismo rima com capitalismo...
Em Portugal olho para direita e vejo portas, ferreira leite, santana, e outros. Acha que se encaixam na descrição que fez da direita?

A Cartilha disse...

Embora tenha uma certa simpatia por Paulo Portas (o menos mau dos ministros da defesa pós 25 Novembro), a verdade é que a direita políticamente activa em Portugal sofre de males - que atacam também, embora em menor escala a esquerda - que para àlem de perversos e imorais, são nocivos à sociedade e ao exercício da política.

Mas a direita a que me refiro no texto é outra que não a que tem assento no parlamento. É a Direita conservadora, liberal e nacionalista, que tem consciência do que somos, de como estamos e do que queremos ser. A de pessoas como Adelino Maltez, Medina Carreira, Adriano Moreira, Brandão Ferreira, Pedro Arroja e tantos outros que preferem não estar demasiado expostos para não se confundirem com a direita que se vê e de que fala.

Neste caso, quase que me arriscaria a dizer que oportunismo, rima sim com partidarismo...

Anónimo disse...

Mas então os que são verdadeiramente da direita a que o senhor se refere, não aparecem. Ficam no seu canto, ou preferem ir à sic notícias explanar os seus argumentos em vez de o fazerem de maneira mais activa e pró-activa.
Atenção. Não pertenco a qualquer partido político e não sou nenhum especialista político...longe disso. Mas olhando para a esquerda, vejo que seguem os seus ideais e mostram-no sem qualquer problema, (obviamente que com maus exemplos por parte do PS, que não difere, no fim de contas, assim tanto do PSD). Vejamos o PCP, ou até mesmo o distânciamento do Manuel Alegre e Helena Roseta face ao PS actual.
O que me dá a parecer é que a direita em Portugal está bastente mais podre do que em relação à esquerda.
Voltando à questão de não se exporem demasiado, eu, sinceramente, acho que deviam fazer mais pelo país, já que são personalidades que até teriam condições para isso, ou seja, teriam condições de captar a atenção dos portugueses.

A Cartilha disse...

Creio que a vantagem actual da esquerda seja apenas cíclica, basta recuarmos até aos tempo de Ferro Rodrigues ou à segunda legislatura de Guterres para o cenário ser o inverso. Quem segue os seus ideais são os dissidentes (Roseta bem, Alegre já não encanta). Se olharmos para o PS de socialista nada tem e de social-democracia muito pouco. O BE é um grupo de talibans de variadas correntes que vive dos votos de protesto, sem reais aspirações de governação. O PCP é um grupo de loucos em vias de extinção.

Creio que o problema actual é transversal a ambos os espectros políticos: é o próprio sistema político, que não passa de uma partidocracia controlada por situacionistas (que vão desde Sá Fernandes a Valentim Loureiro e Balsemão), organizações secretas (estão tão presentes como na 1ª república, mas mais discretas como podemos ver pelo caso Casa Pia ou Portucale) e ladrões institucionalizados (mais presentes na direita devido à grande influência dos grupos económicos no financiamento dos partidos, mas uma promiscuidade a que a esquerda não se safa - Pina Moura, Jorge Coelho etc) mais ocupados em delapidar o erário público do que em governar.

Quanto aos nomes a que me refiro e outros que faltam, não creio que vão a jogo com estas regras, pois conhecem demasiado bem o sistema existente, feito por e para quem lá está.

Anónimo disse...

Se quem sabe e tem valor, não participa, então não há esperança.

Resta-nos o óbvio: o voto em branco e alguns cocktails molotov's.

Cumprimentos

A Cartilha disse...

Há esperança sim, esta é apenas mais uma crise de soberania e depressão, das muitas que já ultrapassamos ao longo de quase 900 anos da nossa história.

A solução passa por rejeitar-mos métodos revolucionários e violentos, sejam eles bolcheviques ou helénicos. Devemos ter confiança nas Reservas Morais portuguesas (Forças Armadas, pensadores, sábios, alguns universitários, SEDES, Igreja Católica e corporações como CIP, e ordens profissionais) e esperar que o Novíssimo Príncipe - as Forças Armadas - intervenha, instaure um regime realmente português e delegue o poder político a quem de direito e mérito. Um 28 de Maio adaptado ao séc XXI.

Cumprimentos