"Um casal muçulmano recusou dar o "sim" porque a jovem, francesa, recusou mostrar o rosto, coberto com um véu, para ser identificada. Uma história curta mas plena de actualidade porque reflecte a tensão latente entre a tradição islâmica e as leis de um país ocidental.
O casamento deveria efectuar-se na Câmara Municipal da cidade francesa de Limoges. O casal, rodeado dos padrinhos, estava prestes a proferir o ‘sim’. Só que o funcionário da edilidade pediu à noiva que destapasse o rosto para que pudesse ser identificada, ou seja, confrontada com a fotografia do bilhete de identidade. A jovem hesitou, o seu noivo também. O funcionário, percebendo o constrangimento, sugeriu que a identificação fosse feita em privado. Segundo explicou mais tarde o presidente da câmara local, o socialista Alain Rodet, “o casal acabou por ceder”. Foi então, prosseguiu, “que as duas testemunhas do casamento mostraram descontentamento e irritação”. E, uma delas, o irmão do noivo, disse peremptoriamente que não. O funcionário entrou em contacto com o procurador da República de Limoges que confirmou que o casamento só poderia realizar-se se a noiva tirasse o véu para ser identificada. Noivos, testemunhas, família e convidados proferiram insultos e abandonaram a sala.“Celebramos uns 500 casamentos por ano e nunca tivemos problemas”, afirmou Rodet, sublinhando que “não se trata de um caso de discriminação, mas do estrito cumprimento da lei”. A obrigação de mostrar a cara nos casamentos está consignada na Lei francesa desde Maio do ano passado e não tem nada a ver com a famosa lei de véus que proíbe o seu uso nas escolas. A normativa, segundo Rodet, serve apenas para lutar contra os casamentos simulados. "
in <http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=192134&idselect=91&idCanal=91&p=94>
O casamento deveria efectuar-se na Câmara Municipal da cidade francesa de Limoges. O casal, rodeado dos padrinhos, estava prestes a proferir o ‘sim’. Só que o funcionário da edilidade pediu à noiva que destapasse o rosto para que pudesse ser identificada, ou seja, confrontada com a fotografia do bilhete de identidade. A jovem hesitou, o seu noivo também. O funcionário, percebendo o constrangimento, sugeriu que a identificação fosse feita em privado. Segundo explicou mais tarde o presidente da câmara local, o socialista Alain Rodet, “o casal acabou por ceder”. Foi então, prosseguiu, “que as duas testemunhas do casamento mostraram descontentamento e irritação”. E, uma delas, o irmão do noivo, disse peremptoriamente que não. O funcionário entrou em contacto com o procurador da República de Limoges que confirmou que o casamento só poderia realizar-se se a noiva tirasse o véu para ser identificada. Noivos, testemunhas, família e convidados proferiram insultos e abandonaram a sala.“Celebramos uns 500 casamentos por ano e nunca tivemos problemas”, afirmou Rodet, sublinhando que “não se trata de um caso de discriminação, mas do estrito cumprimento da lei”. A obrigação de mostrar a cara nos casamentos está consignada na Lei francesa desde Maio do ano passado e não tem nada a ver com a famosa lei de véus que proíbe o seu uso nas escolas. A normativa, segundo Rodet, serve apenas para lutar contra os casamentos simulados. "
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