Dez anos depois, A Cartilha está de volta.

09/03/2008

O ministro Augusto Santos Silva e a Lei de Godwin


A propósito da manifestação dos professores (que reuniu 2/3 dos professores portugueses em Lisboa, no sabado 9 de Março), o ministro dos Assuntos Parlamentares Santos e Silva acusou na sua véspera os manifestantes de nem sequer "terem lutado contra o fascismo(sic)" e de "não saberem distinguir entre Salazar e os democratas". Segundo este, a "liberdade" deve-se aos históricos do Partido Socialista, nomeadamente a "Mário Soares, Manuel Alegre e Salgado Zenha, e não aos comunistas".

É verdade que os comunistas apenas pretendiam a implatação de um regime totalitário, mas também é verdade que neste protesto contra o governo socialista eles têm a razão do seu lado. Tal como Mário Soares e Manuel Alegre, também já criticaram a governação de José Socrates.

Destas afirmações de Santos e Silva vem-me à ideia a Lei de Godwin, uma regra definida por um advogado norte americano especialista na àrea da internet, que diz que numa discussão prolongada as hipóteses de aparecerem referências a Adolf Hitler ou ao ideal Nazi aproximam-se de 100%. E que a referência é geralmente feita pela parte mais fraca, mal sucedida na sua argumentação. Neste caso aplica-se a Santos e Silva, que na falta de argumentos recorre a uma retórica típica do mais primitivo dos esquerdismos - violento, ofensivo e preconceituoso. A referência (desonesta) a Salazar, a invocação de conceitos tão abstractos e manipuláveis como "liberdades", "democratas" e o insulto de "comunistas" são caracteristica de um político sujo, sem escrupolos e ganâncioso.

fonte da noticia: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1321994&idCanal=12

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