A nomeação de Vítor Constâncio para vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) teve sobretudo a ver com a escolha do futuro presidente alemão da instituição, uma situação "perigosa" que prenuncia o desenvolvimento de um "directório na gestão da zona euro", denunciou ontem Didier Reynders, ministro belga das Finanças.
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A acusação de Reynders reforça a convicção generalizada em Bruxelas de que a nomeação de Constâncio resultou acima de tudo de um acordo concluído entre a França e a Alemanha e negociado com a maioria dos outros países para a partilha dos dois cargos de topo do BCE. A lógica é que a escolha de Constâncio para "número dois" do BCE, tido como uma "pomba" na gestão de uma política monetária sensível às necessidades do crescimento económico e originário de um pequeno país do Sul da UE, garante que a presidência (que ficará livre em Outubro de 2011) será assumida por um "falcão" partidário do combate firme à inflação e proveniente de um grande país do Norte. Ou seja, Axel Weber, presidente do Banco Central Alemão, que Berlim quer ver suceder ao francês Jean-Claude Trichet, cujo mandato termina no próximo ano
Público
Ver: BCE O Senhor que se segue
17/02/2010
Constâncio Abre Caminho a Weber
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