"A África do Sul prepara-se para regar com gasolina o que restara da longa transição iniciada com Mandela e Frederik de Klerk . Aquele país, comparativamente tão rico como a Noruega o é na Europa, ameaça agora lançar-se no processo de africanização. O candidato Zuma, acusado por violação, fraude e corrupção, auto-proclama-se "socialista", é amigo e admirador ajuramentado de Mugabe e milita numa seita adventista messiânica. Em suma, tudo boas notícias para os portugueses residentes na África Austral. Os sempre ufanos analistas (de quê ?) nele detectam traços de "populismo" e declarados propósitos de terminar os vestígios do apartheid. Sabemos o que isso quer dizer, Se o tal imaginário apartheid sobrevive nas Forças Armadas, na polícia, no aparelho do Estado e na classe empresarial, destruí-los será sinónimo de pretorianização dos militares (leia-se tribalização), desagregação da autoridade nas ruas, nacionalização de empresas viáveis e, quem sabe, proibição do africaans. A coisa promete. Quando é que a África ganha juízo?"
Miguel Castelo Branco, no Combustões
23/04/2009
Àfrica
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