Dez anos depois, A Cartilha está de volta.

23/01/2009

Parceria Estratégica

Sócrates escolhe como parceiro estratégico para enfrentar a crise a semi-federação de Espanha.
Só que escolher um país, que segundo a Comissão Europeia irá dentro de pouco tempo ter 19% de taxa de desemprego, levará mais provávelmente a um agravar do que a uma melhoria da situação.

Como diz o ditado popular "Junta-te aos bons e serás como eles; junta-te aos maus e serás pior que eles".

Bad news

For Europe:

«Europe’s exposure to risky, emerging-market trade debt turns out to be six times its exposure to U.S. subprime mortgages. In some economies, including Britain’s, banks’ exposure dwarfs the national GDP... Austrian banks have emerging-market financial exposure exceeding $290 billion. Austria’s GDP is only $370 billion.»


and for all:

1.«Driven by the confluence of post-bubble shakeouts and increasingly robust global linkages, this recession is likely to be the worst of the post-World War II era. That means it could be more severe than the sharp downturns of the mid-1970s and early 1980s. Back then, it was the aggressive anti-inflation resolve of central banks that led to deep recessions. This time, an implosion of bubble-dependent global imbalances has done the trick.»

2.«Certainly, the United States will experience its worst recession in decades. The formerly mainstream notion that the U.S. contraction would be short and shallow—a V-shaped recession with a quick recovery like the ones in 1990–91 and 2001—is out the window. Instead, the U.S. contraction will be U-shaped: long, deep, and lasting about 24 months. It could end up being even longer, an L-shaped, multiyear stagnation, like the one Japan suffered in the 1990s... As the U.S. economy shrinks, the entire global economy will go into recession. In Europe, Canada, Japan, and the other advanced economies, it will be severe. Nor will emerging-market economies—linked to the developed world by trade in goods, finance, and currency—escape real pain.

This scenario is dangerous for many reasons. A number of central banks will be close enough to setting interest rates of zero that their economies fall into a triple whammy: a liquidity trap, a deflation trap, and debt deflation. In a liquidity trap, the banks lose their ability to stimulate the economy because they cannot set nominal interest rates below zero. In a deflation trap, falling prices mean that real interest rates are relatively high, choking off consumption and investment. This leads to a vicious circle wherein incomes and jobs are falling, with demand dropping still further. Finally, in debt deflation, the real value of nominal debts rises as prices fall—bad news for countries such as the United States and Japan that have high ratios of debt to GDP.»

Resolve the Subprime in House Market

"So far, the measures we’ve taken to resolve this crisis have thrown the rational principles of finance out the window. We are going on a crash diet—contradicting mortgage contracts on an ad hoc basis and giving away handfuls of money—when we should be coming up with an eating regime we can live on indefinitely. Instead of making whatever short-term patches seem necessary, we might take a more systemic, market-based approach, such as stipulating that mortgage values always be linked to housing prices and adjusted each month.

Speculative excesses are an endemic problem of the market system, but capitalism also provides its own self-correcting mechanisms. There’s no reason to abandon those tools now."

Robert J. Shiller, professor of economics at Yale University, in Foreign Policy

22/01/2009

Nem Socialismo Nem Iberismo!!

Socialistas lusos e espanhois negoceiam na mesmo localidade em que Portugal reiterou a sua independência em 5 de Outubro de 1143, tratados onde se decide o fim de Portugal independente e o avanço de uma suposta Grande Hispânia.

Um Atentado à história, memória, sangue e suor dos milhares de portugueses que pereceram para que Portugal conseguisse e conservasse a sua independência e soberania, comandados por um valente Rei de Cognome o Conquistador, um João das Regras, um Santo Condestável, um Don Afonso V e um herói Decepado, um grande Mestre de Avis e os outros tantos que resistiram na Guerra das Laranjas feita com ameixas e na Guerra Peninsular contra franceses e espanhóis afrancesados. Hoje, em vez de serem considerados como Heróis que são, são ignorados e esquecidos por socialistas, cegos e traidores, onde tudo vale em nome das suas ideias jacobinas, bizarras e desumanas.

Projectos e acordos que são fruto de uma cimeira que determinará o avanço da integração em Espanha, a perda da identidade portuguesa e o avanço de laços pervertidos, e que deixará cheios de alegria os velhos falangistas ainda vivos, antes incapazes de transpor o muro que era Oliveira Salazar, e que ao contrário do de Berlim, nunca foi derrubado nem tão pouco trepado.

Afonso de Portugal é um martir esquecido que representou o auge de uma independência, perdida hoje para a mesma casa daqueles que o mandaram assassinar. E nesse tempo como agora os traidores foram lusitanos, se bem que uns o fizeram por dinheiro e outros o fazem por cegueira. Vivemos o tempo do pós-modernismo socialista, em que à excepção de algumas pessoas mais informadas da nossa história e herança, e de uma parte do interior dito atrasado pelos progressistas inspirados nos Sayyid Qutb's ocidentais que avançam alegres direitos a um precipício, tudo se pode reescrever, desde a história à alma de um povo. E quem não o fizer logo será rotulado de traidor, nacionalista, revisionista ou agente do capital.

Pórem este não será o fim da história de Portugal, nem sequer o inicio de outra história: tal como nas crises anteriores de 1383-1385, 1640 e 1807-1820 o caminho é só um: o da resistência e do Triunfo!

"What has been happening to the GOP?"

«1. Demographically, the GOP is a party of white Americans, who in 1972 were perhaps 90 percent of the national vote. Nixon and Reagan rolled up almost two-thirds of that vote in 1972 and 1984. But because of abortion and aging, the white vote is shrinking as a share of the national vote and the population.

The minorities that are growing most rapidly, Hispanics and Asians, cast 60 to 70 percent of their presidential votes for the Democratic Party. Black Americans vote 9-1 for national Democrats. In 2008, they went 30-1.

Put succinctly, the red pool of voters is aging, shrinking and dying, while the blue pool, fed by high immigration and a high birth rate among immigrants, is steadily expanding.

2. Philosophically, too, the country is turning away from the GOP creed of small government and low taxes. Why?

Nearly 90 percent of immigrants, legal and illegal, are Third World poor or working-class and believe in and rely on government for help with health and housing, education and welfare. Second, tax cuts have dropped nearly 40 percent of wage earners from the tax rolls.

If one pays no federal income tax but reaps a cornucopia of benefits, it makes no sense to vote for the party of less government.

The GOP is overrepresented among the taxpaying class, while the Democratic Party is overrepresented among tax consumers. And the latter are growing at a faster rate than the former.

3. Lastly, Democrats are capturing a rising share of the young and college-educated, who are emerging from schools and colleges where the values of the counterculture on issues from abortion to same-sex marriage to affirmative action have become the new orthodoxy.

The Republican “lock” on the presidency, crafted by Nixon, and patented by Reagan, has been picked. The only lingering question is whether an era of inexorable Republican decline has set in.»

Patrick Buchanan, in his blog
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PS: GOP means "Grand Old Party". A nickname for the Republican Party

Os Corruptiveis II

Notícia o Público:

«o semanário [Sol] avançou que o vídeo de uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do espaço comercial e um sócio da consultora Smith & Pedro denunciava o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso. O DVD estaria na posse das autoridades ingleses desde 2007.

O Freeport, construído numa Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, foi viabilizado num dos últimos Conselhos de Ministros do Governo de António Guterres, durante o mês de Março de 2002. Nessa altura, de acordo com as autoridades inglesas, saíram da sede da empresa em Londres grandes quantias de dinheiro que foram transferidas para Portugal através de “offshores” na Suíça e Gibraltar, alegadamente para o pagamento de “luvas”.

Alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo
O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002, através de um decreto-lei, e que terá sido mudada para possibilitar a construção da infra-estrutura que já tinha sido anteriormente chumbada por colidir com os interesses ambientais acordados entre Portugal e a União Europeia.

O caso tornou-se público em Fevereiro de 2005, quando uma notícia do jornal "O Independente", a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava José Sócrates, então líder da oposição, como um dos suspeitos, por ter sido um dos subscritores daquele decreto-lei quando era ministro do Ambiente. Posteriormente, a Polícia Judiciária e a Procuradoria-Geral da República negaram qualquer envolvimento do então candidato a primeiro-ministro no caso Freeport. Em Setembro passado, o processo do Freeport passou do Tribunal do Montijo para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), liderado pela procuradora-geral adjunta Cândida Almeida.»

Os Corruptiveis

10 JAN 09 - Jornal Sol noticia que um ministro socialista do Governo de António Guterres é visado pelas autoridades judiciais do Reino Unido na investigação criminal em curso neste país sobre o licenciamento da construção do Freeport de Alcochete

21 JAN 09 - As relações entre o jornal Sol e um dos seus principais accionistas, o grupo BCP, têm se vindo a alterar desde que os socialistas Santos Teixeira e Armando Vara foram eleitos para a administração do banco fundado por Jardim Gonçalves. Foram canceladas campanhas publicitárias e retirados patrocínios já negociados, o que contribuiu para tornar mais difícil a situação da empresa.
- Grupo angolano Newsgold entra em negociações pelo Sol, e se fechar o negócio, passará a deter a maioria das acções.
-As dificuldades que estão agora a levantar à concretização do negócio constituíram uma surpresa e são, por isso, interpretadas como decorrendo do desconforto do grupo dirigido por Santos Teixeira com a orientação editorial do jornal e, em particular, com as notícias que revelou nas últimas semanas relativas à investigação que decorre no Reino Unido sobre um caso de corrupção em que a lista dos suspeitos é encabeçada por um antigo ministro de António Guterres. Vários jornalistas disseram ao PÚBLICO que existe na redacção a percepção que terão mesmo existido pressões para que o jornal não divulgasse o que sabia sobre a investigação judicial inglesa ao chamado “caso Freeport”.

22 JAN 09 - No âmbito do caso Freeport, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e PJ fazem buscas na casa e empresas do tio do antigo ministro do Ambiente do Governo de Guterres.


Estaremos perante um novo caso "Rui Mateus"? Levará Pinto Monteiro o caso até ao fim quais quer que sejam as consequências finais como deverá acontecer em qualquer estado de Direito, ou fará como Cunha Rodrigues, que por medo ou vergonha abafou a investigação nas bases, condenou marionetas e testas de ferro e permitiu que os verdadeiros culpados permanecessem impunes no topo?

"Não é um mundo agradável"

"Saír do euro. Fechar as fronteiras à imigração. Restringir as importações. Encorajar as exportações. Levar de regresso os portugueses àquilo que tradicionalmente sabem fazer: texteis, vestuário, calçado, vinho, turismo, agricultura. Cortar energicamente nas despesas públicas, sobretudo as sociais. Reduzir drasticamente o funcionalismo do Estado. Acabar com as múltiplas reformas e as reformas milionárias no sector público. Baixar impostos, sobretudo IRS e IRC. Nacionalizar todos os bancos que recorram ao Estado em situação de insolvência. Criar bancos novos, estatais se necessário fôr. Encorajar a deslocalização das pessoas das grandes cidades (sobretudo Lisboa) para as cidades e aldeias do interior. Manter energicamente a ordem pública. Prioridade absoluta à restauração do sistema de justiça.

Não é um mundo agradável. Mas é muito menos mau do que aquele que nos espera se não fizermos nada."


Pedro Arroja, no Portugal Contêmporaneo
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21/01/2009

44º Presidente

"Lá assisti ao discurso de Obama. E, confesso, entusiasmei-me. Exactamente por aquilo que alguns imediatos críticos denunciaram: não trouxe nada de novo."

José Adelino Maltez, no Sobre o Tempo que Passa

The end of the Euro

"The pain in Spain… isn’t hard to explain. Spain was basically Florida, with a housing bubble inflated by both resident and holiday purchases, and now the bubble has burst.

But Spain is in worse shape than Florida, for two reasons — reasons familiar to anyone who was involved in the great debate about whether the euro was a good idea.

First, Europe doesn’t have a central government; Spain, unlike Florida, can’t draw on Social Security and Medicare checks from Washington. So the burden of recession falls entirely on the local budget — hence the country’s declining credit rating.

Second, the United States has a more or less geographically integrated labor market: workers move from distressed regions to those with better prospects. (The housing bust has, however, reduced mobility because people can’t sell their houses.) Europe does not: yes, there’s a fair bit of mobility both among the elite and among low-wage workers at the bottom, but nothing like the US level.

So what can Spain do? It needs to become more competitive — but it can’t have a devaluation, because it’s a euro country. So the only alternative is wage cuts, which are desperately hard to achieve (and create big problems for debtors.)

Contrary to what everyone seemed to be saying even a few weeks ago, being a member of the eurozone doesn’t immunize countries against crisis. In Spain’s case (and Italy’s, and Ireland’s, and Greece’s) the euro may well be making things worse.

And Britain’s plunging pound, unpopular though it is, may turn out to have been a very good thing."



Paul Krugman, in his blog

20/01/2009

Excesso de Democracia

"Diferentemente dos progressistas actuais, os progressistas do passado nunca fingiram não perceber que cada progresso da democracia - do autêntico poder do povo - dependia de um demos «participativo» interessado e informado sobre política. Portanto, de há um século para cá temos vindo a perguntar a nós próprios qual seria a causa do alto grau de desatenção e de ignorância do cidadão médio.

(...) é fácil de se perceber porque é que um crescimento geral do nível de instrução não comporta, por si só, um incremento específico de públicos informados acerca das coisas públicas. É o mesmo que dizer que a educação em geral não tem necessáriamente qualquer efeito arrastador sobre a educação política. Pelo contrário, e cada vez mais, a educação especializa e fecha-nos em competências específicas. Mesmo que tivéssemos, por hipótese, uma população toda ela de licenciados, não está provado que disso resultaria um incremento relevante da subpopulação interessada e especializada em política. Pois um químico, um médico, um engenheiro não têm uma competência política que os torna distinguíveis em relação a quem não tem. Dirão, em política, as mesmas banalidades ou asneiras que podem ser ditas por qualquer um.

A questão é que cada cada maximização de democracia, cada crescimento de directismo, requer que os informados aumentem e que, ao mesmo tempo, aumente a sua competência, o seu saber e o seu compreender.

(...)De outro modo, a democracia torna-se um sistema de governo onde quem decide são os mais incompetentes. Isto é, um sistema de governo suicida."



Giovanni Sartori, Homo Videns, 2000

Se na queda do Império Romano foi a cruz que derrubou a àguia, na civilização ocidental actual é o excesso de democracia a esganar e trucidar a àguia.

Quem se mete com o Sócrates, Leva!!

Movimento de Utentes dos Transportes em tribunal acusados de manifestação ilegal

Tribunal inicia julgamento de sindicalistas por manifestação ilegal contra Sócrates

PJB:"Gaza is an Israeli concentration camp"

Crescimento médio anual da economia portuguesa:

Estado Novo (1926-73): +4.7%
Democracia moderna (1974-09): +2.7%
Monarquia (1852-1910): +2.0%
República (1911-25): -0.4%

Via: Pedro Arroja

Democracia Económica Estatizada Não-Liberal

Despesa do Estado a pesar 50% do PIB pela primeira vez na história.

No Jornal de Negócios

18/01/2009

Momentos de lucidez...do Mário Soares e do 5Dias

">A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris. A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma «brilhante» que se viu o processo de descolonização. A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia. A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa. A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os «dossiers». A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo. A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais. A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com «testas de ferro» no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.

A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a um milhão de contos. A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de quinhentos mil contos, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifício cedido pela Câmara de Lisboa. A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente. A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-Presidente da República, na… Fundação Mário Soares. A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria. A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedade da família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era… João Soares. A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre o director do «Público», José Manuel Fernandes, a investigação jornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema. A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do Parlamento Europeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora Nicole Fontaine. A lucidez que lhe permitiu considerar José Sócrates «o pior do guterrismo» e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse. A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez. A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista. A lucidez que lhe permitiu ler os artigos «O Polvo» de Joaquim Vieira na «Grande Reportagem», baseados no livro de Rui Mateus, e assistir, logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista. A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas. No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai… e não volta mais."


por Ricardo Santos Pinto no blogue 5Dias

17/01/2009

Futuro nubloso


Peter Schiff prevê agravar da crise com as medidas propostas por Barack Obama.

Por cá o panorama não é melhor. É anunciada uma viragem à esquerda e fala-se em autocrítica, maus designios do futuro; ao mesmo tempo que é anunciada a impossibilidade técnica de um novo 28 de Maio.

"O sistema odeia pessoas sérias e íntegras."

Luís Campos e Cunha em entrevista. O ex-ministro das finanças do governo socialista numa entrevista explosiva onde denuncia a corrupção dos gestores públicos, a camuflagem da crise, o erro do TGV, etc.

16/01/2009

Às sextas na TVI

Vasco Púlido Valente comenta

Megalomanias

Manuela Ferreira Leite ganha pontos por já ter enfrenteado os espanhóis.

Lobbying

Nos Estados Unidos não existem sobreiros. Mas existem outros interessses - energéticos, económicos, comerciais, grupos cívicos, segurança - em que é preciso retribuir.

The Bush Administration's Midnight Regulations

Obama’s Choice: FDR or Reagan

Barack Obama, it is said, will inherit the worst times since the Great Depression. Not to minimize the crisis we are in, but we need a little perspective here.

The Depression lasted until war orders from the Allies brought U.S. industry back to life. Before 1940, not once did unemployment fall below 14 percent. In May 1939, Treasury Secretary Henry Morgenthau testified:

«We are spending more money than we have ever spent before, and it does not work. … I want to see this country prosperous. I want to see people get a job. I want to see people get enough to eat. We have never made good on our promises. … I say after eight years of this administration we have just as much unemployment as when we started … and an enormous debt, to boot.»

... economically, the New Deal was a bust, failing utterly to restore prosperity. Despite the indoctrination of generations of schoolchildren in New Deal propaganda, that is the hard truth.

Harding, Coolidge, JFK and Reagan all bet on the private sector as the engine of prosperity. All succeeded. Reagan’s answer was the tight money policy of Fed Chairman Paul Volcker and across-the-board tax cuts of 25 percent, while slashing the highest rates from 70 percent to 28 percent. From there on out, it was boom times until Reagan rode off into the sunset, having created 20 million new jobs. “The Seven Fat Years,” author Robert Bartley called them.

It was World War II that pulled the United States out of the Depression ditch of the 1930s.

[Whit Obama] Hundreds of billions will go out in checks of $500 to $1,000 to wage-earners and individuals who do not even pay taxes. This is much like the George McGovern “demogrant” program of 1972, where every man, woman and child, if memory serves, was to get a $1,000 check from the U.S. government. Other hundreds of billions will go to shore up state and municipal spending. Other hundreds of billions will go for “infrastructure” projects, another name for earmarks, which is a synonym for pork.

Where in history, other than World War II, is there evidence that such a mass infusion of spending restored prosperity?

Obama and the Democrats are taking a historic gamble, not only with their careers but with the country. If this monstrous stimulus package, plus the trillions in hot money, do not work; if the two ignite rampant inflation, rather than real growth, we are all out of options. The toolbox is empty. And what will follow may truly resemble the 1930s.


By Patrick J. Buchanan
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Depois de França e Grécia, Portugal na mira da extrema-exquerda terrorista

Quem o notícia é o Diário de Notícias na sua edição de hoje. Esta será a mais grave ameaça desde as FP-25 do brigadeiro inventado Otelo Saraiva de Carvalho. E segundo o que vimos nas ruas de Paris, Lyon, Atenas, Salónica e até mesmo de Lisboa (25 de abril 2007) estará bem longe da recente ameaça de grupos skinheads, bem mais mediática do que real.

Esta ameaça estrangeira de grupos internacionalistas marxistas e anarquistas, anti-liberais e anti-nacionais, utiliza a tradicional linguagem perversa e de abolição de verdade, que caracteriza tais movimentos. Em nome da "revolução", da "liberdade", da "igualdade", dos "trabalhadores", dos "pobres e oprimidos" fomentam a revolta contra a polícia e o governo, aproveitando e instrumentalizando de uma forma reprovável acontecimentos recentes. Esperemos, tal como já disse no passado, que mediante as especificidades portuguesas tais intentos extremistas e violentos não encontrem qualquer adesão.

15/01/2009

Israel: estado judaico ou estado demoliberal?

Arab parties banned from running in the parliamentary elections amid accusations of racism.

14/01/2009

De devedores a protectorados, de credores a senhores

O laboratório da história mostra em que condições a história se tende a repetir. O que se passa hoje com os chamados PIGS's (Portugal, Ítalia, Grécia e Espanha) e se vai passar num futuro próximo com os países do centro-leste europeu que aderirem à moeda única, o Euro, recalca situações politico-financeiras de um passado não muito longínquo.

A imposição da condição de protectorados, em 1882 da Grã-Bretanha ao Egipto, em 1904 da Grã-Bretanha ao Kuwait e em 1912 da França a Marrocos, aconteceram numa situação de dívida gigantesca desses estados às potências imperiais da época. França e Império Britânico receberam em troca a soberania desses território e assumiram governo dos destinos dos seus novos protectorados.

Em 1989 o mundo conheceu uma situação de reunificação de dois estados, República Democrática da Alemanha (RDA) e República Federal Alemã (RFA), uma rica, poderosa e bem sucedida (RFA) e outra pobre, económicamente e politicamente inviável (RDA). O resultado da reunificação foi, como realça o economista Pedro Arroja, "falências e desemprego generalizados na Alemanha de Leste, emigração maciça dos alemães orientais para a Alemanha Ocidental, e o controlo político da Alemanha Oriental pela Alemanha Ocidental". Será isto que irá acontecer com os PIGS's.

Em Portugal e nos PIGS o endividamento ao exterior é cada vez maior e mais caro. A auditora Standard & Poor's, uma das mais conceituadas do mercado, já avisou poder rever em alta o risco de crédito de Portugal e colocou a dívida nacional sob vigilância negativa. A acontecer, e aliado ao endividamento galopante (Medina Carreira estima-o em cerca de 48 milhões de euros ao dia!!) isto significará que em breve o país produzirá para pagar os juros das dívidas...

Os credores desta dívida serão essencialmente a Alemanha e outros países nórdicos, que chegarão a uma altura onde terão de começar a cobrar. E intervir caso, como se prevê, os PIGS representem uma ameaça à estabilidade do Euro. E será ai que de estado de soberania limitada, que é hoje Portugal, passaremos a estado sem soberania, ou seja, um protectorado de Bruxelas e Berlim tal qual um Kosovo ou Montenegro. Mil anos de história derramados por europeístas, mais ou menos convictos, nascidos da abrilada e que não se importarão muito com tudo isto, pois deverão manter o seu statos, agora como testas-de-ferro dos novos Senhores.

Rescisões

Depois de Léo ter rescindido com o SL Benfica, é o governo socialista a rescindir com João Pedroso.

Sobre os portugueses e Pessoa

O facto de os portugueses não ousarem exprimir uma ideia em público sem olharem para o lado para obter aprovação, mostra que eles dão mais importância às pessoas que às ideias, e essa é uma boa característica do povo português (e da cultura católica). O risco está naqueles povos que dão mais importância às ideias que às pessoas, porque as ideias passam então a prevalecer sobre as pessoas. As várias ideologias que, desde a Revolução Francesa, serviram para matar e fazer sofrer muitos milhões de pessoas, não tiveram origem em Portugal, nem poderiam ter. Tiveram todas origem nesses países que prezam o pensamento independente e as ideias - e prezam tanto as ideias que, em nome delas, até matam pessoas.

Pedro Arroja, no Portugal Contêmporaneo

Cure for Recession

Taking the theories of economist John Maynard Keynes as gospel, our most highly respected contemporary economists imagine a complex world in which economics at the personal, corporate and municipal levels are governed by laws far different from those in effect at the national level.

Individuals, companies or cities with heavy debt and shrinking revenues instinctively know that they must reduce spending, tighten their belts, pay down debt and live within their means. But it is axiomatic in Keynesianism that national governments can create and sustain economic activity by injecting printed money into the financial system. In their view, absent the stimuli of the New Deal and World War II, the Depression would never have ended.

It would be irresponsible in the extreme for an individual to forestall a personal recession by taking out newer, bigger loans when the old loans can't be repaid. However, this is precisely what we are planning on a national level.

The theories permit economists to claim mystic wisdom, governments to pretend that they have the power to dispel hardship with the whir of a printing press, and voters to believe that they can have recovery without sacrifice.

When the government spends, the money has to come from somewhere. If the government doesn't have a surplus, then it must come from taxes. If taxes don't go up, then it must come from increased borrowing. If lenders won't lend, then it must come from the printing press, which is where all these bailouts are headed. But each additional dollar printed diminishes the value those already in circulation. Something cannot be effortlessly created from nothing.

By borrowing more than it can ever pay back, the government will guarantee higher inflation for years to come, thereby diminishing the value of all that Americans have saved and acquired. For now the inflationary tide is being held back by the countervailing pressures of bursting asset bubbles in real estate and stocks, forced liquidations in commodities, and troubled retailers slashing prices to unload excess inventory. But when the dust settles, trillions of new dollars will remain, chasing a diminished supply of goods. We will be left with 1970s-style stagflation, only with a much sharper contraction and significantly higher inflation.



Peter Schiff, WSJ, 27-1202008
link

"Transparência na Administração Pública... ou não?"

Segundo o site do governo de contratos públicos, no último ano:

O Município de Vale de Cambra adquiriu uma "viatura ligeiro de mercadorias" à Renaullt Portugal S.A. por 1.236.000€;

O Município de Vale de Cambra adquiriu uma "viatura de 16 lugares para transporte de crianças" à Renault Portugal S.A. por 2.922.000€;

O Município de Ílhavo adquiriu "3 computadores, 1 impressora de talões, 9 fones, 2 leitores ópticos" à ATMINFORMATICA2 - SOLUÇOES E SISTEMAS, SA por 380.666€;

O Município de Beja adquiriu à Canon Portugal, SA uma fotocopiadora "Multifuncional do tipo IRC3080I por 6.572.983€; (na internet, a mesma encontra-se à venda por menos de 4 mil euros)

À primeira vista, das duas uma:

Ou os valores estão correctos e há negócios escuros a serem feitos à vista de todos (o que espero não seja verdade);

Ou os valores estão incorrectos e o site do governo que disponibiliza informação oficial ao cidadão é erróneo e não é de confiança.

Via: Livro de reclamações

13/01/2009

Sem papas na Língua

«Pedro Passos Coelho? Quem é esse? Ah, é aquele rapaz que foi lançado pelo Ângelo Correia...»

«o Sr. Teixeira dos Santos ser eleito o melhor ministro das finanças da União Europeia...o Ronaldo das finanças...ai não é ele o melhor?"

Alberto João Jardim, ontem à noite em entrevista com Mário Crespo na SIC.

Para quando proibir o fumo do trânsito?

Fumo do trânsito faz tão mal como o tabaco

Pessoa

"Ser revolucionário é servir o inimigo. Ser liberal é odiar a pátria. A Democracia moderna é uma orgia de traidores."

Fernando Pessoa, A Opinião Pública, 1919

Negociatas socialistas

A promiscuidade entre entre poder político e grandes empresas atinge o cúmulo. Uma relação onde os beneficiados são sempre os mesmos - grandes empresas e os ex-ministros futuros gestores das mesmas -, e os prejudicados os tais de sempre - o povo português e os consumidores, financiadores e gastadores de projectos cleptomaniacos.

Desta feita a nova megalomania é a substituição completa da radiotelevisão analógica pela radiotelevisão digital. Ao que o ministro socialista de obras públicas, transportes e comunicações Mário Lino, conhecido pelo Jamé, pelos camelos e o deserto a sul do Tejo, pela sua antiga ferverosa ligação ao Partido Comunista e por ser um assumido traidor castelhano (ao que parece ser traidor é já uma qualidade) disse sem papás na língua: «A partir de 2012, quem não tiver televisão digital não tem televisão». Ou seja, quem não tiver televisões novas a partir de 2012, Jamé verá televisão!

Aviso ao PS profundo

"Comigo não há mercearia. A nossa disputa não é por cargos ou por lugares"

Maniel Alegre, Correio da Manhã, 13-01-2009

12/01/2009

Combater a Demografia com imigração: boa solução ou presente envenenado?

Portugal é um dos oito países europeus onde o número de nascimentos esta aumentar, graças à comunidade imigrante. Em 2008, nasceram mais de 2100 bebés comparativamente a igual período de 2007, o que representa uma média de 1,3 bebés por mulher, quando ainda seriam necessários dois bebés por mulher para garantir a reposição de gerações.

A política para combater este déficit esta apoiada nos imigrantes, que são vistos como fonte de natalidade. Os detractores deste tipo de políticas contestam-na, advogando que a subida deverá ser conseguida através de incentivos à natalidade, de forma a que se criem condições para que as mulheres possam ter filhos, nomeadamente no que refere às condições de trabalho da mulher, aos apoios do Estado e suas políticas de apoio à família. E a realidade dos factos, é que na medida em que aumenta em cerca de 2100 o número de bébes nascidos, sobe também para 2 mil o número de bebés em risco social (valor para apenas cinco hospitais!!). Famílias disfuncionais, com poucas condições sociais e desemprego em troca de natalidade? Será esta uma boa solução, ou será a emenda pior que o soneto?

Animais


Cão de água português
na Casa Branca?

11/01/2009

Guerra Química Ilegal

Israel está a levar a cabo acções ilegais - claras violações da Convenção de Armas Químicas. Para isso utiliza bombas de fósforo branco, bem visiveis nas imagens do conflito difundidas pelos media. O fósforo branco tem um grande efeito incendiário e pode queimar mortalmente pessoas e deixar estruturas em chamas. Os danos são ampliados pelo facto de Gaza ser uma região com elevada densidade populacional, entre as maiores do mundo.

Promises

Afinal parece que a promessa eleitoral de fechar a prisão de Guantanamo imediatamente após ser eleito feita por Obama já não vai ter efeito.

Enquanto isso sabe-se hoje que George W Bush impediu um ataque israelita contra instalações iranianas.