O facto de os portugueses não ousarem exprimir uma ideia em público sem olharem para o lado para obter aprovação, mostra que eles dão mais importância às pessoas que às ideias, e essa é uma boa característica do povo português (e da cultura católica). O risco está naqueles povos que dão mais importância às ideias que às pessoas, porque as ideias passam então a prevalecer sobre as pessoas. As várias ideologias que, desde a Revolução Francesa, serviram para matar e fazer sofrer muitos milhões de pessoas, não tiveram origem em Portugal, nem poderiam ter. Tiveram todas origem nesses países que prezam o pensamento independente e as ideias - e prezam tanto as ideias que, em nome delas, até matam pessoas.
Pedro Arroja, no Portugal Contêmporaneo
14/01/2009
Sobre os portugueses e Pessoa
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