O almirante Vieira Matias, ex-chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), defende a total reestruturação do sistema de vigilância das águas da costa portuguesa. Essa mudança, segundo o oficial na reserva, deverá passar por uma redução de competências da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, remetendo a recém-criada unidade ao patrulhamento dos estuários dos rios, na detecção de tráfico de droga ou de seres humanos ou contrabando.
Correio da Manhã
Primeiro foram os Guardas Florestais, depois os Bombeiros, Polícia Marítima e agora a Marinha de Guerra.
A monopolização na Guarda Nacional Repúblicana de àreas de competência que não a sua, só porque esta guarda pretoriana, sujeita ao Regulamento de Disciplina Militar, subverniente ao poder político, que cala e come, completamente deslocada da realidade em que vivemos (como se pode ver pelo elevado número de suicídos nas suas fileiras), tem como objectivo a subordinação.
Se os Guardas Florestais reclamam por mais homens e meios - cria-se o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) na GNR, que nunca reclama (nem nunca protege).
Se os Bombeiros, seja o corpo de voluntários sejam os sapadores, reclamam por mais financiamente e meios, isso resolve-se - cria-se o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR (GIPS), um grupo de parvalhões armados em bombeiros, que preferem passar multas e conduzir viaturas armados em die hards, e que de apagar fogos nada percebem.
Se a Polícia Maritíma e a Armada pedem meios para patrulhar a costa, isso resolve-se - cria-se a Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, eles não reclamam. Nem sabem navegar ou tão pouco conhecem as artes do mar.
E assim se governa um país, preferindo a sondagem à realidade, o silêncio ao aperfeiçoamento, e a imagem à eficácia.
19/08/2009
Àlguem que meta a GNR no Seu Lugar
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2 comentários:
Antes de comentar seja o que for de uma Instituição centenária, tenha a seriedade de usar o que tem dentro da cabeça. Então vossa Exª não sabe que a Segurança interna não pode ser feita pelas Forças Armadas (uma vez que esse é o entendimento da UE, a qual somos membros contra vontade de muitos espertalhões)?
Além disso, insultar quem nos garante a segurança, do modo jocoso com que o faz, só me leva a concluir que não há parvalhões apenas no GIPS.
Respeito é bom e recomenda-se Sr. Bloguista.
Não foi atacada a instituição Guarda Nacional Repúblicana em si, apenas foi visado o facto de estarem a extravasar as suas competências naturais, já de si bem consolidadas pela longa existencia da instituição. Se a brigada de transito passa-se para jurisdição da Policia maritima ou o batalhão operacional para o corpo de bombeiros sapadores, iria defender a GNR.
Nem os bombeiros, nem guardas florestais, nem policia marítima são Forças Armadas. Fogos, florestas e costa não têm nada de militar. O controlo das nossas àguas (oceânicas) é da responsabilidade da Marinha de Guerra e da Força Aerea, como acontece em todos os paises da união europeia que possuem mar.
Ninguém falou em meter o regimento de infantaria número não sei quantos a controlar a quinta da fonte, nem tão pouco se falou de insegurança ou segurança. Qual é a dúvida? É um GNR com um tacho no GIPS ou na UCC. Ganhe vergonha e deixe apagar fogos quem sabe e deixe vigiar o mar quem o conhece.
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