«A maneira como os portugueses nos trataram revelou-se admirável... Países houve que puseram os fugitivos em campos de trabalho onde morriam de fome e de frio. Aqui não. Aqui escolheram alguns dos locais mais bonitos, como as Caldas da rainha, a Ericeira, a Figueira da Foz, o Buçaco, o Luso, para nos acolher até chegarem os barcos que levavam os meus companheiros para a América. Havia médicos que tratavam os nossos doentes de graça. Em certos restaurantes, quando uma família de refugiados pedia a conta, não lhe cobravam nada, ou porque o dono oferecia a refeição, ou porque alguém a pagava. Havia muitas cenas assim. Não existiu outro país onde tivéssemos sido tão bem tratados como em Portugal...Senti-me tão bem que fiquei cá para sempre.»
Sam Levy, refugiado judeu em Portugal durante a Segunda Grande Guerra, por cá se estabeleceu, e acabou por falecer, em Lisboa, no ano de 1999. in Fernando Dacosta, Máscaras de Salazar, 2007.
Assim tratava o regime fascista (como dizem os hipócritas que papagueiam a liberdade e promovem a ditadura e tirania) da Segunda República, os judeus que procuravam abrigo seguro na mais sangrenta época da humanidade.
11/08/2009
Refugiados Judeus em Portugal
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