Decorreram as eleições no super-estado Europeu que vai desde o reino dos Algarves até à Lapónia finlandesa. Ficamos a saber que a europa não é (nem quer) Vital, mas que cá se fazem cá se pagam. E José Sócrates pagou.
A abstenção, que foi a maior de sempre na UE, conseguiu uma esmagadora maioria absoluta em Portugal de 63%.
O PSD, antecipou-se ao que já tinha previsto, e ultrapassou os socráticos conseguindo uns expressivos 12%.
PS, castigado quer pela casmurrice de Sócrates & companhia quer pela jacobinez e gaffes do avô Vital, conseguiu apenas a preferência de 10% dos eleitores da parte europeia do antigo Império Português.
A extrema-esquerda ficou àquem das minhas previsões. Com 4% para BE e 4% para CDU, deixaram bem explícito que atingiram o seu ponto de ebulição. Daqui para a frente o caminho será a descer para estes progressistas decadentes e sanguinários.
O CDS/PP que já estava para ser velado e enterrado, voltou a ter pulsação de 3% do eleitorado em muito graças à figura de Nuno Melo, o deputado que um senhor empresário de Leiria elegeu como tendo a melhor figura e porte para nos representar lá no estrangeiro.
Brancos e nulos somaram mais de 235 mil votos, um número avassalador o de quem aceita legitimar o processo democrático, mas que não se revê em nenhum dos partidocráticos e movimentocráticos que foram a jogo.
Os pequenos partidos cresceram no geral, embora ainda sem conseguirem constituir-se como alternativa. Referência para o partido da chamada extrema-direita, o PNR, que ao contrário dos seus familiares europeus - holandeses, ingleses, austríacos, finlandeses, húngaros, franceses ou romenos - não consegue ainda representatividade no hemiciclo da cidade-estado de Bruxelas. Realçe para o MEP, da insuportável Laurinda Alves (sempre com estórias bonitas e demagogias baratas) que ameaça aumentar os mais de 50 mil votos nas legislativas, e tornar-se presença em São Bento.
O problema das sondagens, que ineficazes ou encomendadas, teimavam em agastar a direita e cortejar o PS e canhotos próximos. E o problema dos sondados em admitir que, como um Charrua, não eram fiés socialistas. Ineficazes não creio que tenham sido - todas as sondagens lançadas uma hora após o fecho das urnas foram certeiras. Encomendadas sim, muitas o devem ter sido.
Uma remodelação governamental deverá estar a caminho; ver a cara com que a ministra da educação apareceu assim que foram conhecidos os primeiros resultados, relembra os que iam ser vítimas do instrumento humanista e iluminado de Joseph-Ignace Guillotina durante a Revolução Francesa. Quanto a Vital Moreira, será lançado aos leões pela máquina do Largo do Rato oleada por Santos Silva, tal como acontecia com os primeiros seguidores do juden Jesus que eram lançados aos leões antes da Cruz derrotar a Àguia.
Uma nota de pesar e perplexibilidade por ver os dois melhores deputados da Grande Porca actual, Nuno Melo e Paulo Rangel, serem exilados para o estrangeiro da mesma forma que Costa Cabral o foi para Madrid. Serão dois Homens que farão falta nos próximos cinco anos, pelo menos enquanto não se vislumbrar por entre a neblina um Desejado, um Presidente-Rei, um Ditador das Finanças, um Saldanha ou um Carmona que ordene a rebaldaria.
Ver resultados finais relativos.
08/06/2009
Europeias 2009
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