Na terra das oportunidades e do mercado-livre, onde se promovem as virtudes do mercado global, sem barreiras e tarifas, como meio para atingir a Paz Global e o desenvolvimento das sociedades, e se crítica o proteccionismo dos estados alheios, aparece como uma das primeiras medidas da administração Obama um pacote "Buy USA". À semelhança do que aconteceu em grandes crises passadas (como a seguir à crise de 1929), a tendência dos próximos tempos vai ser para o proteccionismo, e não para um mundo que seja como uma grande União Europeia, como pensam os embriagados Obamamaniacos que não tardam a entrar em ressaca. E com os pés bem assentes no chão.
10/01/2009
Trancas na porta
Que a insegurança é geral nas ruas é um facto. A novidade é que a insegurança alastrou agora às próprias casas. Segundo a PSP os furtos em casas disparam 85% entre 2008 e 2007. Será que os socialistas concordam com estes números?
05/01/2009
03/01/2009
Identidade e Individualidade Nacional Portuguesa
“Sendo nos Portugueses convém
saber o que é que somos”.
Fernando Pessoa
Que se poderá então dizer dos portugueses? Comecemos por uma frase do Professor Jorge Dias em “Ensaios Etnológicos”: “é um povo paradoxal e difícil de governar, os seus defeitos podem ser as suas virtudes e as suas virtudes os seus defeitos, conforme a égide do momento”.
O povo português é profundamente individualista, tem grande dificuldade em trabalhar em grupo e em se entender com os outros. É muito cioso das suas ideias, o que por vezes revela uma certa intolerância. É vaidoso, no sentido de gostar de ostentação, de riqueza e do luxo, e susceptível quanto aos seus preconceitos, formulas e ilusões. Possui temperamento amoroso e é humano e bondoso. Usa mais o coração que a cabeça.
É desorganizado e imprevidente, mas possui um extraordinário poder de improvisação. A sua capacidade de adaptação a outras gentes, culturas, climas, línguas e profissões é tremenda, com a particularidade de não perder o seu carácter. Tudo isso, ligado ao sentido humanista, caracteriza e explica a colonização portuguesa. Possui espírito aventureiro e messiânico, que é bem demonstrado pela emigração. O português é independente e gosta da sua liberdade. Tem dificuldade em aceitar regras e autoridade. Só trabalha bem quando é bem dirigido. Leva as coisas pouco a sério. Não é persistente, o que de certo modo está ligado ao seu espírito aventureiro e ao ser sonhador. Apesar de possuir grande dose de solidariedade não deixa de ser invejoso em relação ao que outros alcançam. O português é idealista, emotivo e imaginativo, não é dado a reflexão, não quer discutir o mundo nem a vida, contenta‑se em viver exteriormente. O português possui pouca alegria e exuberância, mas um forte sentido do ridículo, tendo em conta as opiniões alheias. O seu sentido de humor traduz‑se mais em forte sentido de crítica, troça e ironia. O português não é fraco nem cobarde. É, de certo modo, derrotista ou fatalista, revela ainda um certo pendor para a imitação – tendendo até a pôr as coisas nacionais em segundo plano em relação ao estrangeiro – o que se traduz em falta de iniciativa e actividade criadora. Possui grande afectividade, não gosta de fins trágicos, não devendo ser por acaso que em Portugal não há pena de morte e nas touradas os touros vêm embolados e não são mortos. A sua religiosidade foi moldada ao longo dos tempos pelas suas características. Por fim, há a saudade, esse estado de espírito muito próprio do português, que tantas coisas podem querer significar, e que a tantas coisas pode conduzir.
“Mouros em terra, moradores às armas!”
Brado que existiu em Portugal
desde o tempo de D. Afonso II
Portugal é desde o início do século XII (1128), uma entidade autónoma no concerto das nações, por vontade própria e, a crer em alguns autores, por inspiração divina. Desde o século XIV constituiu‑se como estado‑nação, talvez o mais antigo e perfeito que há no mundo, com fronteiras definidas e estáveis sem fracturas étnicas ou rácicas; uma língua; uma religião; uma cultura e projectos comuns de futuro.
Portugal tem desde há muito, um caminho próprio, uma pintura própria, uma literatura própria, música própria, escultura própria; teatro e cinema próprio; pensamento próprio; ciência própria e até paisagem e clima próprio. Somos nós e não outros, sem embargo de termos espalhado humanidade pelos quatro cantos do mundo. Talvez seja esse o maior legado que deixamos em herança.
Tudo isto interage, resultando numa maneira portuguesa de estar no mundo, e reforçando o espírito de independência. Tudo isto deve ser projectado na política externa portuguesa que não se deve reduzir a um mero exercício de relações internacionais, antes a projecção dos nossos objectivos nacionais permanentes históricos e a defesa dos interesses conjunturais.
Por isso, caros concidadãos, mantenhamo‑nos portugueses. É até um dever que temos para com as 50 gerações que nos precederam. Não sabemos o futuro que nos está reservado, nem podemos, sobre isso, fazer experiências em laboratório. O único laboratório do futuro é o conhecimento da História.
O mundo está sempre em mudança, mas há coisas que permanecem. Os princípios são de sempre, o modo como se aplicam é que varia com a situação. E não devemos sacrificar mais valias consolidadas por aventuras de futuros incertos. Muito menos devemos cair em equívocos.
O laboratório da História aconselha prudência.
Tenente‑Coronel PilAv Brandão Ferreira
Ver na integra
02/01/2009
Vafanculo!!
O primeiro-ministro, José Sócrates, encontra-se de férias em Itália, onde celebrou a Passagem de Ano, acompanhado da sua namorada, a jornalista Fernanda Câncio.
29/12/2008
Analfabetismo em Portugal
Segundo a Sic Notícias:
- A taxa de analfabetismo abaixo dos 40 anos é de 2%
- Existem 38 mil analfabetos com menos de 30 anos
24/12/2008
"Em alta velocidade para o abismo"
O TGV não cumpre qualquer regra mínima a que se deve submeter um investimento. Não é nem nunca será economicamente rentável. Não induz efeitos reprodutores positivos, não gera sinergias na actividade económica. E, por fim, não tem a mínima utilidade social.
Sem qualquer sustentabilidade económica, o projecto tem um custo previsto de cerca de 15 mil milhões de euros, valores da ordem de grandeza da colecta anual do IVA ou IRS (a que irão acrescer os crónicos desvios orçamentais das obras públicas). O investimento não é amortizável e, apesar da (pífia) comparticipação de fundos europeus, irá comprometer os impostos de três gerações. Além de que a exploração comercial deste comboio será deficitária, como já o é em todos os países e todas as linhas - com uma única excepção, no Japão.
Paulo Morais, in Jornal de Notícias, 24-12-2008
21/12/2008
Cluny
“Justiça não está preparada para punir os poderosos”
António Cluny, procurador-geral adjunto, em entrevista ao Correio da Manhã
Trabant
This is the car that gave Communism a bad name. Powered by a two-stroke pollution generator that maxed out at an ear-splitting 18 hp, the Trabant was a hollow lie of a car constructed of recycled worthlessness (actually, the body was made of a fiberglass-like Duroplast, reinforced with recycled fibers like cotton and wood). A virtual antique when it was designed in the 1950s, the Trabant was East Germany's answer to the VW Beetle — a "people's car," as if the people didn't have enough to worry about. Trabants smoked like an Iraqi oil fire, when they ran at all, and often lacked even the most basic of amenities, like brake lights or turn signals. But history has been kind to the Trabi. Thousands of East Germans drove their Trabants over the border when the Wall fell, which made it a kind of automotive liberator. Once across the border, the none-too-sentimental Ostdeutschlanders immediately abandoned their cars. Ich bin Junk!
Ver outros (vídeo)
20/12/2008
Sondagem: Quais serão as primeiras medidas da nova administração Obama?
Resultados:
05 votos - Ocupação de quadros de topo por afro-americanos
04 votos - Dar nacionalidade americana a todos os quenianos
03 votos - "Yes we can"; Prisão de todos os contra-revolucionários, sabotadores e agentes do imperialismo; Proceder à colectivização
02 votos - Reforma Fiscal (aumentar os Impostos)
01 votos - Nova ordem multipolar; Diálogo com o "eixo do mal"; "Change"; Reduzir o défice e a divida externa; Aumentar o crescimento económico
00 votos - Sistema universal de Saúde; Fechar Guantánamo; Dar assistência aos pobres e desempregados; Retirada do Afeganistão; Retirada do Iraque
Total de votos - 25
Chyrsler LLC, General Motors & Ford Motor Company
Serão as grandes Companhias vantajosas mesmo quando estão em crise? Será a ameaça do desemprego e a influência que têm na economia e no sistema financeiro que torna inaceitável a sua falência? Ou pelo contrário não passam de fardos para o estado?
Ver: "Too Big to Fail"
19/12/2008
O estado da impunidade
O Estado paga indemnização ao suposto pedófilo socialista Paulo Pedroso, paga as derrapagens de 288% da ponte Europa, as de 230% (77 milhões de euros) da Casa da Música sem que nada aconteça, não se apurem responsabilidades e os governantes continuem impunes.
Ontem é a vez da possibilidade dos accionistas do BPN levarem à barra do tribunal o Estado por este ter falhado na sua função de supervisão (aguardaremos quando todos os violadores, ladrões e assassinos levarem o estado a tribunal por este ter falhado a sua supervisão!!). E hoje é a noticia de que terão de ser devolvidos 80 milhões de euros a Bruxelas envolvidos na obra do Túnel da Baixa (que liga Santa Apolónia ao Chiado), o tal que demorou 12 anos (!!) e derrapou em 135 milhões de euros! Em causa está o desrespeito por parte das autoridades portuguesas das regras comunitárias de concursos público. Serão 80 milhões de euros que os contribuintes vão pagar mais uma vez, sem que quais queres culpados sejam achadoso ou encontrados.
PS: É sempre bom relembrar que a ponte Salazar, uma complicada obra de engenharia que demorou 4 anos (é a ponte mais alta da Europa), foi terminada 6 meses antes do prazo com uma derrapagem financeira de 0,2% do inicialmente previsto.
Guerrilha política
A auto-intitulada esquerda democrática e moderada continua imparável na sua táctica de guerrilha política. No Estatuto dos Açores que Cavaco Silva já tinha devolvido ao parlamento, que Jorge Miranda considerou inconstitucional e que Ramalho Eanes considerou motivo suficiente para dissolver o parlamento, não fosse a crise financeira (uma crise que se transformou num verdadeiro Euro-milhões para José Sócrates), o PS insiste em leva-lo novamente a votação sem tão pouco ter procedido a qualquer alteração, ao contrário do pedido pelo Presidente da República.
Depois de um longo período de boas relações institucionais que permitiram governar com mais facilidade e aceitação, a véspera de eleições a motivar a abertura de uma nova frente, nesta Luta de ambição desmedida pelo Poder de José Sócrates, que nos ameaça levar ao fundo.
18/12/2008
O Canal 1 da RTP esta a passar neste momento uma "Gala Juntos pela Diversidade"...
..que de "Juntos" nada têm. Em vez de procurar assimilar, o que seria o mais correcto, ignora por completo esse processo social que mais êxito traz a uma sociedade. Nem tão pouco procura aculturar, e muito vagamente integrar. Em vez disso, e apoiado em estereótipos (a chinesa que come arroz, o preto que gosta de jazz) muitas vezes a roçar o racismo, tenta-se impor uma diversidade de padrões pouco claros (depois do falhanço do multi-culturalismo os pseudo-intelectuais da moda chamam-lhe agora inter-culturalidade) que tem na prática o efeito de criar uma balcanização da sociedade, agora catalogada à maneira anglo-saxónica por raças, que ameaça que um dos países (Portugal) que ao longo da sua história foi dos mais tolerantes do mundo, esqueça a sua identidade e se transforme numa África do Sul.
O ignorar que Portugal não é um país exclusivamente e de natureza europeia, leva a negar que existam pretos, chineses, indianos, da Oceania (Timor) ou mestiços e mulatos que vivam e sintam Portugal , tal como existem centenas de milhares de brancos que se dizem africanos ou indianos de Portugal (como foi desde tempos remotos até 1974, em que existia uma real diversidade do ser português que ia do Minho a Timor) sob o pretexto de que eles são diferentes, mesmo quando essas diferenças são apenas raciais é arrepiante. Tão arrepiante como o resultado que se espera: o assumir ou criação de identidades perigosas ou novas, à imagem do que se passa em Paris com descendentes de argelinos, em Londres com descendentes de paquistaneses, em Lisboa com descendentes de PALOP's ou com islamitas fundamentalistas europeus - a criação de uma identidade que nem corresponde aos países de acolhimento, nem tão pouco aos países de origem. Indivíduos apátridas e de horizontes pouco claros.
P.S: 1Absolutamente reprovável o estereótipo jocoso de calão, burlão, burocrata e pouco trabalhador que se faz do português nesta gala. 2Como também é óbvio, não considero ninguém de cultura cigana como sendo português.
17/12/2008
O que vale ser um povo de brandos costumes!
Essa bala [que matou Alexis Grigoropoulos] cristalizou os anos de cólera acumulados. Não hà reivindicações concretas. O que queremos é a nossa vida de volta.
Katerina Ioanninou (estudante de Direito Grega), Público 17/12/2008
Hoje hà democracia mas os partidos confiscaram-na para os seus próprios interesses, o desemprego é ainda pior e as humilhações são diárias.
Galina Kanelopoulos (advogada grega), idem
Hoje o desencanto é geral, e nenhum partido e credivel: a falta de esperança é sempre mãe da violência e da transformação do povo numa multidão enraivecida.
Marika Frangika (sociólogo grego), idem
Na Grécia o clima geral de descontentamento eclodiu numa onda de violência e motins (13 dias consecutivos), que ameaçam a queda do poder nas ruas, o que pode originar uma guerra cívil ou uma situação de anarquia geral. Por cá o descontentamento agrava-se, mas ser um povo de brandos costumes é aguentar, aguentar, aguentar até que um Condestável ou um Presidente-Rei apareça e faça História em nome de um povo uno, pacífico e respeitador, até para com os seus inimigos que hoje estão arrogantes no topo, mas que amanhã serão derrubados.
Toda a gente pensa que os carros franceses são os piores, mas não...hà pior:
Communist Cars: Part 1
Communist Cars: Part 2
16/12/2008
Umas Forças Armadas de Generais e Almirantes
Na Espanha anterior a Francisco Franco o rácio de oficiais generais por número de soldados era de 100 soldados para um General. Em Portugal as Forças Armadas (FA) possuem um pequeno corpo de trinta e poucos mil homens, meia dezena de navios de guerra[1], meia dúzia de caças modernos[2] e apenas 3 brigadas operacionais[3], para as quais correspondem 79 generais no activo, 140 na reserva e um número inderteminado na reforma! O que faz das FA de Portugal as quartas de todo o mundo com maior número de Generais!
No objectivo determinado para 2009 pelo poder político de reestruturação das nossas FA, o seu volume humano vai ser reduzido no número de 2576 militares. A redução não vai abranger oficiais generais, como seria de prever para assim evitar melindrar os todos poderosos e já muito descontentes (mas bem renumerados) generais das FA . Será uma questão de tempo até vermos distintos generais pagos a peso de ouro a comandar batalhões, companhias e até pelotões!!
[1]três fragatas classe Vasco da Gama e 2 fragatas classe Bartolomeu Dias
[2]seis Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon MLU
[3]Brigada Reacção Rápida (BRR), Brigada de Intervenção (BrigInt) e Brigada Mecanizada (BriMec) totalizando cerca de 9 mil homens.
A Dona Branca do Nasdaq
Entre os burlados de Bernard Madoff, no total de 50 mil milhões de dólares, estão bancos financeiros, fundos de pensões, organizações de caridade, hospitais, universidades e investidores privados. Todavia são os bancos financeiros quem lidera a lista de vítimas:
Fairfield Greenwich Group, USA - 7.5 mil milhões de dólares
Kingate Management, RU - 3,5 mil milhões de dólares
Tremont Capital Management, USA - 3,3 mil milhões de dólares
Banco Santander, Espanha - 3.1 mil milhões de dólares
Ascot Partners (run by GMAC), USA - 1.8 mil milhões de dólares
Access International Advisors, USA - 1.4 mil milhões de dólares
Fortis Bank, Netherlands - 1.4 mil milhões de dólares
HSBC Holdings, RU - mil milhões de dólares
Benbassat, Suiça - 935 milhões de dólares
Clal Insurance Enterprise, Israel - 780,000 milhões de dólares
Mediobanca, Itália - 671,000 milhões de dólares
Ver lista completa.
13/12/2008
"Genocídio neo-colonialista no Zimbábue"
São já 800 os mortos vitimados pela cólera, em resultado do ataque "de guerra química e biológica, um genocídio britânico contra o povo zimbabuano", declarou o ministro da Informação do Zimbábue, Sikhanyiso Ndlovu.
"A cólera é um ataque racista contra o Zimbábue, planeado pelos antigos colonizadores que recrutaram seus aliados americanos e ocidentais para que possam invadir o país", acrescentou o presidente Mugabe. "Gordon Brown deve ser levado ao Conselho de Segurança da ONU por ter ameaçado a paz mundial e propagado o cólera e o antraz com o objetivo de invadir o Zimbábue, nosso tão pacífico Zimbábue" diz ainda.
É incrível como depois dos genocídios na Etiópia, em Angola, em Moçambique e no Ruanda, o mundo pode continuar sem nada fazer, perante o que se passa na antiga Rodésia do Sul. Com o paradigma pós-colonial a persistir, não será este mais opressor e sangrento que o colonialismo ou o neo-colonialismo de que tanto gostam de acusar os outros?! De presunção e água benta, cada qual toma a que quer.
Imperdível
Oliveira Salazar foi a voz da Razão durante os anos 20. Foi salvador e fizeram dele ditador. Hoje salvadores ou ditadores são miragem, e a voz da Razão prega no deserto de surdos, mudos, ignorantes e formatados. Resta-nos Medina Carreira e mais alguns (poucos).
Imperdivel a entrevista de Medina Carreira por José Gomes Ferreira ontem à noite na Sic Noticias.
A Saga continua.
O antigo presidente da bolsa de valores Nasdaq Bernard Madoff, foi detido acusado de ter montado um esquema financeiro fraudulento de proporções gigantescas. Bernard Madoff controlava fundos que acumulam prejuízos de 50 mil milhões de dólares (37,45 mil milhões de euros). O gestor de 70 anos foi acusado de manter um esquema de pirâmide, em que pagava aos antigos investidores com o dinheiro que recebia das novas empresas que investiam na bolsa
Crise do Crédito
"Os bancos parecem sapatarias do tempo da União Soviética: as botas eram baratas, mas o que não havia eram botas para vender. Hoje, o crédito está barato, não há é crédito."
Luís Campos e Cunha, PÚBLICO, 12-12-2008
Pessoa e Salazar
"De vez em quando vem à superfície a velha discussão sobre o posicionamento político de Fernando Pessoa. Como se sabe, a esquerda procura utilizar uns conhecidos poemas em que o poeta satiriza Salazar e o Estado Novo para concluir triunfante que o homem era um anti-fascista.
[...] Pessoa efectivamente antipatizava com Salazar e com a situação que este institucionalizara; mas importa compreender porquê e em nome de quê. A sua antipatia partia toda do ponto de vista que partilhava ao tempo com os nacionais-sindicalistas, o de não ser o frio e austero Salazar o chefe que devia incendiar as almas lusitanas...
Por outras palavras: Pessoa quando ataca Salazar reprova-lhe precisamente o ser tão pouco fascista, o ser tão afastado da imagem ideal do Chefe que o inspirava (e que se vê como construção poética na "Ode ao Presidente-Rei Sidónio Pais", ou nos versos da "Mensagem" que dedica a D. Sebastião, ou ao Condestável)."
Via: O Sexo dos Anjos
12/12/2008
"Quem não tem dinheiro não tem vícios"
"Não temos dinheiro para todos os grandes projectos previstos em Portugal e quem não tem dinheiro não tem vícios"
"os grandes investimentos devem ser feitos numa óptica de optimização do emprego e de equilíbrio da balança de pagamentos"
"o produto potencial em Portugal tem caído nos últimos quatro/cinco anos, o que significa que, se um "um dia" o país "tiver a felicidade" (...) "só terá sucata para trabalhar, não terá máquinas nem recursos humanos de qualidade"
Belmiro de Azevedo, durante o seminário "The World in 2050" (Porto).
O Poder dentro do poder, ao melhor estilo mafioso.
ver também:
Serviços Secretos - Dez quadros superiores pertencem à Maçonaria
Desprotecção Estatal
Um jovem de 18 anos da Casa Pia foi hoje morto num Colégio da instituição, ao que tudo supõem por bandos de indivíduos da periferia de Lisboa, geralmente constituídos por imigrantes ou portugueses não assimilados (2ª e 3ª geração de imigrantes).
É gravíssimo quando um jovem à guarda do Estado, que supostamente deveria usufruir de protecção alargada, é morto em pleno colégio de Pina Manique. O próprio Pina Manique deve estar às voltas na tumba perante o estado de insegurança a que este Estado nos levou! Um caso para ser examinado, serem apuradas responsabilidades e punir o Estado português por tamanha e gravosa falha das suas obrigações.
Obamamania
Aos 30 mil soldados estadunidenses estacionados no Afeganistão, deverão juntar-se outros 2o mil.
10/12/2008
“No limite do razoável”
Num artigo publicado na última edição da ‘Revista Militar’, relacionado com o Orçamento de Estado para o próximo ano, o ex-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) assinala que “só uma acção de comando de alta qualidade tem impedido de evoluir para actos de indisciplina graves, que a Nação não compreenderá”.
No artigo, o general refere que “a instrução e treino dos militares não obedecem aos padrões recomendados”, sublinhando que “a falta de manutenção” impede o nível de operacionalidade de muitos equipamentos' e que “os compromissos assumidos por Portugal junto da NATO e União Europeia dificilmente poderão ser atingidos com as dotações actuais”.
Para o ex-CEMGFA, o poder político está a pôr em causa o moral e a disciplina nas Forças Armadas. O general Gabriel Espírito Santo acusa mesmo o poder político de ter “falta de cultura de Defesa“, confundindo “a condição militar com funcionalismo público, a função de comando como uma directoria-geral e a disciplina militar com processos disciplinares”
General Gabriel Espírito Santo, ex-CEMGFA
08/12/2008
Contra o tédio, continuarei a ler e a viver Camões, Pessoa e Agostinho.
Confesso meu atraso, a minha não cedência perante o altar dos chamados estudos pós-coloniais, os tais que consideram que todos os outros que os não seguem, em cartilha, não passam de miserandos neocoloniais que devem imediatamente aceder ao patíbulo de todas as novas inquisições, nestas garras lobísticas de uma canalha doirada, assente numa formidável rede de financiamento e colocação de amigalhaços.
Sobre o tempo que passa
Motins Anarquistas na Grécia
A morte um jovem de 15 anos deu origem a uma onda de motins em várias cidades gregas. Segundo consta na Grécia, é normal o arremesso de bombas incendiárias contra as forças policiais em manifestações de desagrado anarquistas em certos bairros da capital, tendo sido em resposta a um desses ataques que a polícia abateu o jovem. Estranhos costumes helénicos porventura.
À semelhança o que acontece em estados europeus onde a experiência do socialismo ficou aquém dos intentos dos moscovitas soviéticos, assiste-se a um novo cavalgar do aproveitamento político comunista - em Portugal o aproveitamento dos sindicatos do PCP do descontentamento dos professores; companhia Alitália inviabilizado pelos sindicatos de esquerda; protestos e greves gerais na Grécia contra a nova lei das pensões e privatização de universidades -, quando não unicamente como acesso de raiva e ódio - como na ocupação do consulado grego em Berlim e Londres por grupos anarquistas terroristas . Como tal, são apoiantes de esquerda os violentos que se digladiam com a polícia. O próprio Partido Comunista grego já apelou a uma manifestação contra a morte do adolescente, mesmo depois de já terem sido detidos dois polícias – um acusado de homicídio doloso e outro de cumplicidade no acto. Esperemos que em Portugal tais actos violentos não tomem lugar, e que mais uma vez o bom senso e a razão prevaleçam.
02/12/2008
The end of a dream and the return to reality
Enquanto os arautos idealistas queimam os últimos foguetes da eleição de Barack Obama, como o início de uma nova era de paz mundial e de uma fraterna configuração de poder multipolar, onde os europeístas acreditam poder transformar o mundo num mundo parecido com uma grande União Europeia, Barack Obama, comprometeu-se ontem a investir e fazer crescer as forças armadas americanas, para que elas permaneçam “as mais fortes do planeta”. Tenciona assim prosseguir com o projecto da administração Bush de aumentar em cem mil homens os efectivos militares dos EUA na próxima década (que têm actualmente 1,4 milhões de militares no activo).
OS idealistas exacerbados estão longe de ver a realidade por não se conseguirem afastar dos sonhos. São os mesmos que no final da 2ª Guerra Mundial Hans Morgenthau avisou para não pensarem «that at some point the final curtain would fall and the game of power politics would no longer be played».
Durante 3 dias, os palhaços substituiram os touros no Campo Pequeno
O congresso do Partido Comunista Português aconteceu este fim-de-semana no Campo Pequeno, num ambiente de grande hipocrisia e propaganda de uma grande união, fraternidade, defesa do povo e democracia. Ficou aliás, marcado por um regresso às origens:
- ao definirem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista como Cuba, China, Vietname, Laos e R.D.P. da Coreia
- retrocesso nas considerações sobre a queda da ex-URSS, justificando agora a queda pelas graves cedências e capitulações ideológicas, políticas e de classe que se manifestaram sobretudo a partir de meados da década de 80'(administração Gorbatchov pós 86)
- pela definição únicamente comunista de democracia, bem diferente da definição do que é a democracia para os não-comunistas
- pela internacional a fechar o congresso, na presença de delegações de vários partidos comunistas acolhidos em histeria. O PCP a afirmar-se como parte do movimento internacionalista, e não como patriota e nacionalista.
É inexplicável como em plena democracia liberal do séc XXI, se tolera um partido que não aceita as regras do jogo - onde já se viu um partido comunista que uma vez chegado ao poder não se tivesse tornado partido único?! -, como continua a ser permitido um partido retrogrado, apologista de regimes totalitários que mataram centenas de milhões de seres humanos e que continuam a oprimir, a enclausurar e a trazer miséria e fome a cerca de 1/4 da humanidade.
01/12/2008
1 Dezembro 1640
Comemora-se hoje o fim dos 60 anos de domínio filipino e a recuperação da nossa soberania e independência. O duque de Bragança é aclamado Rei de Portugal, tornado-se o Rei D.João IV, de cognome o Restaurador, e o primeiro membro da dinastia de Bragança.
Hoje, esta é uma questão que se põem de novo. Depois das crises de soberania de 1383-85 (o Interregno), de 1580-1640 (domínio castelhano) e de 1807-1820 (invasões napoleónicas e domínio inglês), vivemos desde 1986 a quarta crise de perda de soberania. Uma perda de soberania, que transferida para Bruxelas originou no país um clima de miséria, pobreza, depressão e desespero.
Vinte e dois anos de uma união obscuramente negociada e legitimada, dominada pelas potências europeias (França, Alemanha e Reino Unido), são já mais do que suficiente para relançar e reforçar a ideia da recuperação da independência. Falta apenas encontrar o Condestável que nos lidará pelo caminho da independência.